Nas defesas enviadas ao STF, os denunciados negam participação na tentativa de golpe, afirmam que não tiveram acesso total às provas da investigação, pedem a substituição do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e o julgamento pelo plenário, e não pela Primeira Turma do Supremo, e contestam a legalidade da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Entre os acusados que já apresentaram suas defesas estão Jair Bolsonaro, general Braga Netto, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, general Heleno, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Wladmir Matos Soares, Silvinei Vasques, Marília Alencar, além de militares do Exército. Já o empresário Paulo Figueiredo foi intimado a apresentar defesa por meio de edital, visto que mora nos Estados Unidos e é neto do general João Baptista Figueiredo, último presidente da ditadura militar. Os advogados do ex-assessor dos Assuntos Internacionais do governo Bolsonaro, Filipe Martins, entraram com um recurso para solicitar mais prazo para entregar a defesa.
Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denúncia será marcado pelo STF e será realizado pela Primeira Turma do Supremo, composta pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Caso a maioria dos ministros aceite a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF. A data do julgamento ainda não foi definida, mas considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.