Nos últimos dias, fim de verão do mês de março, e início de abril, em boa parte do litoral nordestino, com altas marés que superaram os 2 metros, dezenas de cidade à beira mar sofreram com o avanço do mar. Atafona, no Rio de Janeiro, onde o mar já avançou dezenas de metros, Santos, onde o mar pode engolir parte da cidade, segundo estudo da ONU e na Barra do Una, em Peruíbe, onde o governo de São Paulo está realizando uma ação emergencial, Mas cidades do Nordeste, como Ilhéus, no sul da Bahia, onde os moradores sofrem com a situação, na Baia da Traição, na Paraíba, onde o mar está destruindo as casas à beira mar, na praia de Ponta Negra, em Natal, no Ceará e mesmo em Alagoas, onde o povoado da Barra Nova, foi afetando novamente.
Mas a notícia mais alarmante, segundo Marco Lyra, tido como o maior especialista em erosão costeira e recuperação de praias de Alagoas, vem da Oceania, onde um país está à beira do desaparecimento, e pode sumir do mapa devido ao avanço do nível do mar. A milhares de quilômetros de países como Austrália e Havaí, no vasto Oceano Pacífico, Tuvalu encara um destino sombrio. Com apenas 26 km² de extensão e uma altitude média de quatro metros, este pequeno país insular está em uma corrida contra o tempo para sobreviver ao desastre.
“Acho que já passou da hora dos governos federal, e no nosso caso aqui em Alagoas, o estadual e os municípios, darem início urgente aos projetos de contenção de avanço do mar, porque basta uma maré acima de 2.0 para acontecer o desastre. Agora teremos lua cheia com mais marés altas e no inverno, com os ventos, e marés de até 2.4 metros, é bom nem pensar. Veja o que aconteceu durante a semana na Barra Nova. E vai continuar acontecendo´´, alerta o engenheiro.
Por outro lado, segundo ele, uma boa notícia vem de Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde a Prefeitura anunciou que pretende contratar um estudo técnico independente para avaliar possíveis falhas na obra de engorda da praia de Ponta Negra. O prefeito Paulinho Freire afirmou que o diagnóstico técnico tem como objetivo esclarecer a situação atual da principal praia urbana da capital e permitir eventuais correções na obra. Segundo ele, a medida busca garantir maior transparência e segurança em uma intervenção considerada estratégica para a proteção da orla.
Segundo Marco Lyra, a decisão ocorre após a publicação de um relatório da Defesa Civil Nacional, em fevereiro, que apontou falhas na drenagem de águas pluviais e descumprimentos da Licença de Instalação e Operação da obra. O documento foi elaborado após vistoria realizada nos dias 6 e 7 de fevereiro, período em que fortes chuvas provocaram alagamentos no trecho recém-aterrado.
O post Especialista em erosão costeira alerta governantes de AL sobre a urgência de investir em projetos de contenção do avanço do mar apareceu primeiro em Blog Edmilson Teixeira.