Prefeitos temem que reajuste de professores cause “colapso” em cidades

A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) afirmou, nesta quinta-feira (27/1), que o reajuste de 33,24% no piso salarial de professores da educação básica “desequilibrará as contas públicas, podendo levar ao colapso nos serviços essenciais, à inadimplência e a atrasos de salários”. O reajuste foi anunciado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com a mudança, a remuneração mínima da categoria deve passar para R$ 3.845,63, informou o Ministério da Educação (MEC). Segundo a FNP, apesar de o governo federal decidir sobre o aumento de salário, os valores são pagos com recursos dos cofres de estados e municípios.

“Prefeitas e prefeitos registram sua apreensão com a possível oficialização do que foi explicitado no Twitter, já que os eventuais reajustes concedidos no piso do magistério, embora normatizados pelo governo federal, são pagos, praticamente na sua totalidade, com recursos dos cofres de estados e municípios”, declarou a entidade.

A Frente Nacional dos Prefeitos declarou ainda que os entes nacionais “não podem se endividar para pagar salários” e defendeu que o reajuste anunciado pelo governo Bolsonaro “desequilibrará as contas públicas, podendo levar ao colapso nos serviços essenciais, à inadimplência e a atrasos de salários”.

A entidade destaca que “é preciso governar combinando sensibilidade social e responsabilidade fiscal”, afinal, “as finanças locais, infelizmente, não suportam reajustes excepcionais no cenário de incertezas que o Brasil enfrenta”.

Com informações Metrópoles