Nesta sexta-feira dia 13 de Agosto, o Brasil celebra o Dia do Economista, cuja categoria tem é muito que comemorar, visto que a data registra simplesmente 70 anos de atividades no País. Por essa razão, nosso Blog encomendou ao presidente do Conselho Regional de Economia em Alagoas- Corecon/AL, Marcos Calheiros, para que ele nos enviasse um artigo, sobretudo retratando um compacto de sete décadas de atuação dessa profissão em nosso território nacional, conforme o texto abaixo…
Foi através do deputado federal, Fernando Ferrari, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB/RS), formado pela Faculdade de Ciências Econômicas de Porto Alegre, ligado aos ideias do então presidente Getúlio Vargas, que efetivamente começou a profissão do Economista no Brasil. O Conselho Federal de Economia, autarquia pública federal, foi criado pela lei n°1411 de 13 de agosto de 1951.
Por essa razão que o dia 13 de Agosto ficou conhecido como o Dia do Economista. Estamos no septuagésimo ano da profissão do economista no Brasil. Foram anos de importantes modificações políticas, econômicas e sociais em Alagoas, no Brasil e no mundo. No que concerne à sociedade, vale frisar que a economia é uma das ciências sociais, se não dizer a mais social das ciências sociais.
Ao contrário do que muitos imaginam a economia não é uma ciência puramente baseada em modelos e equações matemáticas, uma vez que para o exercício pleno da profissão são necessários: um profundo conhecimento dos anseios e movimentos da sociedade; uma base histórica do desenvolvimento econômico; uma capacidade interpretativa dos fatos que ocorrem nos dias atuais e de suas consequências futuras. Tudo isso, concatenado com um raciocínio objetivo e metódico que são fundamentais e imprescindíveis para qualquer bom economista.
De 1930 a 1945, período conhecido pelo forte governo nacionalista de Vargas, surge o novo modelo econômico, baseado na maciça presença do Estado na economia. Em seu segundo mandato, (1951 a 1954) quando eleito pelo voto popular e consagrado nas urnas, Getúlio Vargas foi o responsável direto pela assinatura da Lei que deu vida ao Conselho Federal de Economia, que consequentemente permitiu a criação dos Conselhos Regionais de Economia.
É importante salientar que a criação da Companhia Vale do Rio Doce, surgiu em 1° de junho de 1942, e foi um grande passo no que diz respeito à exploração de diversos minérios no País. Em 1952, é criado o BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), BNB (Banco do Nordeste do Brasil).
Em 3 de outubro de 1953 é criada a Petrobrás, considerada um marco na exploração de nossas riquezas petrolíferas, e atualmente, o Brasil é um país autossuficiente de petróleo e também é considerado um exportador desse ramo.
No governo de JK, no ano de 1959, é criada a SUDENE, uma Autarquia Pública Federal, com a finalidade de alavancar o desenvolvimento da região Nordeste, cujas ideias surgiram da pessoa do professor Celso Furtado, considerado um dos grandes nomes da economia brasileira.
Diante da criação desses inúmeros entes públicos, é imprescindível destacar a presença da categoria dos economistas, atuando e trabalhando com o objetivo de fortalecer a economia nacional, para alcançar novos ares globais e conquistar um papel importante no cenário econômico mundial.
Não podemos deixar de citar que os economistas foram muito importantes no cenário político alagoano, ocupando diversos cargos como deputados, senadores e governadores.
Dentre os mais notórios govenadores, podemos citar: Divaldo Suruagy, Fernando Collor de Mello, Manoel Gomes de Barros, Teotônio Vilela Filho e o governador Renan Calheiros Filho, que está no seu segundo mandato atualmente. Além disso, temos na Assembleia Legislativa, a economista Fátima Canuto, uma das grandes representantes da nossa categoria e o colega economista, João Neto, que foi presidente do CORECON e se destacou no Legislativo como presidente da Casa Tavares Bastos.
Parabéns aos economistas pela passagem do seu dia: 13 de Agosto e pelo septuagenário da profissão; e que este seja um momento de felicidade, saúde e reflexão nessa época difícil e conturbada para todos, sobretudo devido à pandemia do COVID-19, que assola todos no Brasil e no mundo, como também sobre o importante papel que lhes é cabido na sociedade, ajudando a transformar este Brasil, marcado pela desigualdade econômica e social.
Marcos Antonio Moreira Calheiros
é presidente do Conselho Regional de Economia em Alagoas