Em 1833, Antônio Conselheiro, figura religiosa emblemática que fundou o Arraial de Canudos, no Ceará, profetizou que, um dia, o sertão viraria mar. A frase emblemática sobreviveu ao tempo e ainda vive no imaginário sertanejo até hoje. Na nova novela das seis da Rede Globo, “Mar do Sertão”, que estreia em 22 de agosto, a fictícia cidade de Canta Pedra possui uma história de origem reversa: antes de ser sertão, era mar.
A trama contemporânea do autor Mário Teixeira, com direção artística de Allan Fiterman, teve parte das gravações realizada em Piranhas, no interior de Alagoas. Os registros exibirão para todo o Brasil, não só a beleza do Rio São Francisco, mas cenas dos atores Isadora Cruz, Sérgio Guizé, Renato Góes, Enrique Diaz, Everaldo Pontes, Pedro Lamin e Lucas Galvino no colorido e alegre centro histórico do município, que ainda inspirou visualmente a concepção da cidade cenográfica nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Outros registros também foram feitos no Vale do Catimbau, em Pernambuco.
“Escolhemos ambientar a história em uma cidade fictícia para mostrar o sertão que existe, mas com liberdade para também apresentá-lo de forma metafórica, fabular. Quero trazer para essa novela o Nordeste que está dentro de mim, que vivi durante toda a minha vida”, comenta Mário Teixeira.
Em “Mar do Sertão”, os telespectadores acompanharão o triângulo amoroso entre Candoca (Isadora Cruz), Zé Paulino (Sergio Guizé) e Tertulinho (Renato Góes). Como é esperado do horário das 18h, será um folhetim clássico com encontros e desencontros românticos, disputas de poder local e muita leveza. A nova história chega 11 anos depois da última novela do mesmo horário que se passou na mesma região, o sucesso de público e crítica “Cordel Encantado”. Em comum, apenas o cenário e a reverência à magia do sertão brasileiro, já que “Mar do Sertão” é uma trama que se passa nos dias atuais e possui diferenças conceituais bem demarcadas por Mário Teixeira, um dos autores de O Cravo e a Rosa, outro sucesso global.