O Conselho Universitária (Consuni) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) cogita voltar as aulas presenciais em março de 2022, mas o assunto ainda será decidido em novo debate a ser realizado na primeira semana de fevereiro.
Em sessão ordinária realizada nesta terça-feira (25), o conselho discutiu o retorno, mas teme que a nova onda da covid-19 se estenda até o terceiro mês do ano, o que pode provocar o recuo. A discussão estará em pauta novamente no dia 1º de fevereiro, quando sairá uma decisão sobre o tema.
A professora Sarah Dominique Dellabianca Araújo, da Faculdade de Medicina da Ufal, médica infectologista e atuante na linha de frente do combate à covid-19 no Hospital da Mulher, apresentou uma análise do cenário da pandemia e elementos para avaliar a viabilidade de retorno presencial das atividades. Dentre as principais preocupações expostas por ela está o surgimento das variantes delta e ômicron, que são mais transmissíveis.
A professora ressaltou ainda que os riscos são altos. “Hoje o cenário não é favorável para ambientes que promovam aglomeração. A ômicron é muito mais transmissível. Temos que ponderar com cuidado sobre o retorno das aulas presenciais e vamos precisar garantir os cuidados para isso. A máscara de pano, por exemplo, não é segura para a variante ômicron. Vamos precisar usar a cirúrgica, com troca a cada 4 horas, ou ainda melhor a N95”, informou a infectologista.
Segundo dados levantados pelo Colégio de Pró-reitores de Graduação (Cograd), 73% das universidades ainda estão em ensino remoto, planejando a retomada das aulas presenciais para março e abril. A informação foi repassada durante a sessão pelo pró-reitor de Graduação, Amauri Barros.
A vice-reitora, Eliane Cavalcante, que está à frente das testagens de covid-19 nos servidores que estão comparecendo aos setores, falou da preocupação com a retomada das aulas e a circulação dos estudantes. “Para vocês terem uma ideia, na Reitoria, numa bateria de testes, 70% dos resultados foram positivos. Queremos discutir uma perspectiva viável de retomada, mas com segurança. Mesmo que a mortalidade seja menor após a vacinação, é preciso ter cuidado”, ponderou Eliane.
Com informações Assessoria