Após denúncias de compra de gabaritos das provas do concurso da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), realizado no dia 15 de agosto, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de estado da Segurança Pública (SSP), determinou que as supostas irregularidades sejam investigadas.
Conforme explica a secretaria, o setor de Inteligência foi acionado para abrir o procedimento investigatório. Se o conteúdo das denúncias for comprovado, os responsáveis poderão ser presos e excluídos do certame.
Em publicação, a SSP afirma, ainda, que não integrou a organização do concurso, mas “ajudará no esclarecimento”.
Já a Secretaria de estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) informa que, em caso de comprovação das denúncias, os responsáveis serão eliminados do certame.
“Todo cidadão está apto a fazer a prova, desde que cumpra os requisitos previstos no edital, e que, para além dos exames, há, ainda, outras etapas eliminatórias que integram o certame. Caso haja comprovação de que algum candidato fez uso de meio ilícito durante a realização das provas, ou que não cumpre as demais premissas do concurso, este será eliminado do processo”, diz a nota.
O ESQUEMA
Os candidatos do concurso denunciaram, nesse sábado (11), que aprovados teriam comprado o gabarito do exame. O resultado final foi divulgado na sexta (10).
Em áudios que circulam nas redes sociais, os candidatos dizem que, dentre os aprovados, há filhos de criminosos, presidiários ou ex-presidiários. As informações ainda dão conta que um dos aprovados possui sete passagens pela polícia e teria sido preso novamente, nos últimos dias.
Os candidatos relataram que as pessoas envolvidas na compra dos gabaritos teriam sido aprovadas na primeira prova, mas não na segunda. E que alguns realizaram apenas o exame para soldado, porque não era preciso fazer a prova de redação. Ainda segundo eles, das 120 questões das provas, os envolvidos no esquema teriam respondido 100, acertando todas elas.
A denúncia ainda diz que a compra dos gabaritos envolve diversas pessoas da mesma família, como primos e irmãos.
A suspeita é que, pelo menos, 150 pessoas teriam sido beneficiadas, de acordo com as informações que estão sendo veiculadas entes os candidatos.
Com informações Gazetaweb