Falta menos de um mês da data marcada para o retorno das aulas presenciais nas escolas da rede estadual de Alagoas e a situação de unidades de ensino que ficam em bairros atingidos por rachaduras ainda é indefinida. A comunidade escolar está preocupada com o retorno diante das condições das áreas.
Quatro bairros de Maceió (Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto) foram afetados por rachaduras provocadas pela exploração de sal-gema. O problema começou há mais de três anos, e desde então as moradias vêm se transformando em ruínas abandonadas e as ruas, que antes eram movimentadas, ficaram desertas.
Milhares de imóveis que ficam na área de risco foram desocupados. Entre eles, escolas estaduais e municipais. Cinco escolas estaduais e outras cinco municipais que estavam em locais com risco maior foram realocadas.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Lenilda Lima, informou que participou de uma audiência na última sexta-feira (15) com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) para discutir essa situação, mas nada foi resolvido. “Informaram que há uma negociação com a Braskem, mas as questões não estão claramente definidas”, disse.
A Secretaria de Estado da Educação informou que está tomando todas as medidas necessárias para que, até a retomada das aulas, a situação das unidades em situação de criticidade seja resolvida.
A Seduc disse ainda que, nos próximos dias, a Superintendência de Rede (Sure) fará reuniões com o Conselho Escolar da Escola Estadual Cincinato Pinto e a 1ª Gerência Regional da Educação (GERE) para discutir o tema. E que, paralelamente, também está dialogando com o Batalhão Escolar para o fortalecimento das rondas na região.
Enquanto a situação não é definida, a comunidade escolar permanece apreensiva.
Com informações G1 Alagoas