Além das queixas relacionadas ao pedágio, as lideranças indígenas também se fizeram presentes, levantando questões pertinentes sobre a falta de consulta prévia às comunidades afetadas, em desacordo com a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa convenção estabelece a importância do diálogo e da consulta às populações indígenas em projetos que possam impactar seus territórios e modos de vida. A ausência desse procedimento foi amplamente criticada pelos representantes indígenas, que reivindicam uma maior participação nas decisões que afetam suas comunidades e recursos naturais.
O presidente da CI, senador Marcos Rogério, ressaltou a importância de realizar essa audiência pública de forma presencial, afirmando que ouvir as demandas da população diretamente “in loco” é essencial para a formação de políticas mais justas e que atendam às necessidades reais da comunidade. Durante o evento, foi possível notar uma diversidade de opiniões e preocupações, o que evidencia a complexidade da questão da infraestrutura no Brasil, especialmente em regiões que sofrem com a falta de investimentos adequados e que necessitam de um diálogo eficaz entre governo e população.
A realização dessa audiência reflete um momento crucial para o entendimento das dinâmicas regionais e para a construção de um consenso em torno de obras que são vitais tanto para o desenvolvimento econômico quanto para a preservação dos direitos das comunidades locais. O debate continua fundamental para equilibrar as necessidades de infraestrutura e o respeito à cultura e aos direitos dos povos indígenas no Brasil.