Conforme declaração de Esteves Colnago, secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, a nova projeção para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve uma nova alta passando de 8,4% para 9,1%.
O INPC é o índice utilizado para calcular os níveis de inflação no país, sendo a base da correção anual do salário mínimo pelo governo. Caso o aumento previsto se confirme e não ocorra nenhuma mudança no cálculo, o salário mínimo para terá um salto de R$ 1.100 para R$. 1.200 em 2022.
No mês de agosto, o governo federal enviou o Orçamento para 2022 prevendo que o salário mínimo chegasse a R$ 1.169 no ano que vem, no entanto, a alta na inflação deve fazer com que os salários tenham uma alta maior do que o previsto inicialmente.
Vale lembrar que o reajuste do salário-mínimo não diz respeito apenas a correção do piso dos trabalhadores, mas também é utilizado como base no pagamento de diversos programas como o seguro-desemprego e o abono salarial do PIS/Pasep.
Além disso, o reajuste do salário-mínimo também impacta no reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pois a legislação determina que nenhum benefício Previdenciário pode ser pago com valor menor que o piso nacional, assim, o reajuste do salário também trará reajuste aos benefícios do INSS.
Reajuste será o maior desde 2016 – Entre os anos de 2011 a 2019, o salário mínimo era corrigido não só pelo INPC mas também sofria um aumento com base no PIB (Produto Interno Bruto) para que fosse possível aos brasileiros conseguirem ter um aumento no poder de compra.
Contudo, desde a gestão do presidente Bolsonaro, essa prática mudou. Assim, o salário-mínimo passou a ser corrigido apenas com base nos índices de Inflação e somente frente aos índices inflacionários, terá o maior reajuste desde o ano de 2016.
Com informações Jornal Contábil