PC investiga se acúmulo de botijões de gás potencializou explosão no Maceió I

Por TNH1

A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) começou a investigar a explosão que provocou as mortes de Gilvan Nunes da Silva e Wesley Lopes da Silva, e de uma criança de 12 anos, que se chamava Tarlison Felipe, neto de Gilvan. O estrondo aconteceu por volta das 04h30 desta quinta-feira, 7, no Residencial Maceió I, no Cidade Universitária, parte alta da capital alagoana.

Foto: Vasni Soares / TV Pajuçara

o delegado Sidney Tenório informou que a linha de investigação inicial é a de vazamento de gás.

“A gente tem mais ou menos essa linha traçada desde as primeiras horas desta manhã, quando a primeira equipe da PC chegou ao local e conversou com os peritos do IC (Instituto de Criminalística). Por volta das 4h recebemos o chamado na Central de Flagrantes, a doutora Maria Teresa, que estava de plantão, acionou o IML (Instituto Médico Legal), o IC e o CBM (Corpo de Bombeiros Militar) para irem ao local. Logo em seguida, a PC também chegou. Temos a informação que o cheiro de gás era forte naquele primeiro momento de quem chegava no ambiente. O que fortalece a versão de que teria sido um vazamento de gás que fez com que houvesse toda aquela explosão”.

Os relatos de moradores do residencial indicam que Gilvan trabalhava como vendedor de churros. Segundo a polícia, há a apuração no local da explosão que o comerciante teria acumulado outros botijões de gás no apartamento.

Denúncias – O delegado disse ainda que as pessoas podem ajudar as autoridades em possíveis fiscalizações para casos de manuseio inapropriado de gás de cozinha.

“Recentemente, recebemos na Delegacia-Geral comumente alguns tipos de demandas vindo com relatórios de investigação de possível comércio ilegal de gás de cozinha. Justamente são ambientes perigosos. Possivelmente, o gatilho deve ter sido algum interruptor de luz, que geralmente é suficiente para ser gatilho para explosão de um ambiente ‘inundado’ por gás liquefeito de petróleo. Se você está em casa e sabe que seu vizinho está usando residencial, como um apartamento, por exemplo, para fazer comercial… A gente sabe que, infelizmente, muita gente que trabalha com venda de refeições faz da cozinha residencial como se fosse industrial. Se você sabe disso, faz uma ligação e denuncia o caso, que o Corpo de Bombeiros vai fazer a fiscalização”, alertou Tenório.