Maceió, 15 de janeiro de 2025

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O martírio de Collor

Por Wadson Regis

Fernando Collor está on com Bolsonaro, mas off para Arthur Lira. Acompanhei de perto o reposicionamento político do senador, com vistas às eleições de outubro, iniciado meses antes do início da pandemia.

Collor, você pode até não saber, mas foi o senador mais atuante para os municípios no início da crise sanitária. Conseguiu a liberação de recursos, fez mais de 50 lives com os gestores e, junto à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), socorreu a bacia leiteira, os produtores rurais, quilombolas e índios.

Collor sabe se virar. Sabe se reposicionar. Sabe emparedar e intimidar adversários. Agora, aos 72 anos de idade, sendo 43 de vida pública, desde que assumiu a Prefeitura de Maceió, em 1979, precisa decidir sua última cartada política. No seu caminho há uma pedra, de nome Arthur Lira, valiosa como nenhuma outra neste momento, principalmente na cotação do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O desafio de Collor é montar o palanque. Arthur nem quer Collor como senador, nem como governador. Aliás, até no PL Arthur barrou a filiação do ex-presidente. Por que será?

Bem… em se tratando da fênix collorida, tudo pode acontecer. Arthur Lira só não espere flores em seu jardim, porque a humilhação política que Collor está passando, tendo que retornar ao PTB, de onde havia sido expulso, foi o que restou.

Collor, eu vi de perto, e agradeço pelo que aprendi, é um vencedor, um jogador nato, um político (como ele diz) à frente do seu tempo.

Collor x Arthur – a próxima treta da emblemática política de Alagoas.