O inverno está chegando. Algum político visitou a Defesa Civil para conhecer o plano de prevenção?

Por Wadson Regis

O profissional jornalista está em perigo. São várias as frentes que ameaçam a longevidade da categoria, que outrora foi chapada de o 4º poder.

Exemplificando melhor: o profissional (de carreira, da academia, formado) está sob ameaça de extinção. Em seu lugar estão em cena (e evidência) os tik-tocks, os instagramáveis, os youtubers, influenciadores etc. Bem… cada um tem seu quadrado e a moral da história é que estamos perdendo a guerra para o modismo, cuja onda é gerar clique e engajamento. Tem tudo a ver com o circo político. É uma mistura inflamável que, não tenha dúvida, é perigosa (D+).

Ainda com relação a perigo, o inverno está chegando (começa dia 22 de junho) e não recebi nenhum release de assessoria política dando conta da visita ou requerimento, ou seja lá o que for, de algum parlamentar para saber como está o planejamento do seu município base, no tocante à prevenção contra enchentes.

Em respeito às exceções, cito a preocupação e ação da deputada estadual Fátima Canuto, que promoveu uma importante audiência pública na Assembleia Legislativa, os prefeitos Renato Filho (Pilar) e Ângela Vanessa (São José da Laje), que cobraram, oficialmente, o posicionamento da bancada federal de Alagoas.

O governador Paulo Dantas também acionou a equipe técnica do Governo para colocar o projeto (renegado em 2014) dentro do PAC 3. Para esse inverno não dá tempo.

Ou seja: há uma movimentação lenta em andamento. Só que a água quando desce sai levando tudo, inclusive vidas.

Daí a pergunta: alguém foi visitar a Defesa Civil do Estado, da capital ou de algum município para se certificar que a respectiva população estará resguardada em caso de nova enchente? NÃO!!!!!!

Sabe o porquê? Porque prefere aparecer na hora da reconstrução. A antecipação ao desastre obriga que a emenda passe por processo de licitação. Na reconstrução, em decreto de emergência, pode ser contratado sob forma simples.

Simples assim. Mas isso os tik-tocks, os instagramáveis não mostram. É que o engajamento seria ruim.

No final, de forma simples, a indústria da cheia, sob gestão política, roda mais fácil.