Mesmo após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) terem votado contra o recurso apresentado por Fernando Collor, o ex-presidente não irá para a prisão. Na quinta-feira (14), o órgão negou o recurso apresentado por Collor e manteve a reclusão em oito anos e dez meses. O placar foi de seis votos a quatro.
Collor ainda pode recorrer aos segundos embargos de declaração antes de ter a pena executada. Ele foi condenado por corrupção passiva (4 anos e 4 meses) e lavagem de dinheiro (4 anos e seis meses) em maio do ano passado. A acusação gira em torno de um esquema envolvendo a BR Distribuidora no âmbito da Operação Lava-Jato. A defesa do ex-presidente alega que o crime de corrupção passiva já teria prescrito e pontuam contradições na ação.
Outros envolvidos também foram condenados por receberem R$ 20 milhões em propina por fazer contratos irregulares da distribuidora. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como operador, foi condenado a quatro anos e um mês de prisão. Luis Amorim, diretor executivo da Organização Arnon de Mello, conglomerado de mídia do ex-presidente, recebeu pena de três anos e dez dias.