Maceió: Saúde, Educação e Assistência Social irão paralisar atividades nesta quarta (13)

Por TNH1

O prefeito de Maceió enfrenta, em seu segundo ano de mandato, a primeira grande paralisação de servidores. Líderes sindicais prometem parar boa parte dos serviços públicos, nesta quarta-feira, 13, e, ir às ruas para, segundo eles, mostrar “a verdadeira Maceió”, que está por trás da cidade aparentemente sem problemas, apresentada na publicidade oficial. Os servidores cobram reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

Como foi decidido no início desta semana, após assembleia unificada, os órgãos municipais como serviços da Saúde, da Assistência Social e da Educação, vão ter as atividades interrompidas nesta quarta-feira. O protesto está marcado para acontecer na entrada da Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE), no Centro, às 9h. Com isso, escolas, creches e unidades de saúde não devem atender alunos e pacientes, respectivamente.

A insatisfação dos trabalhadores provocou a mobilização que, segundo os sindicalistas, deve ter adesão em massa das categorias. Os locais de trabalho dos servidores também devem ser visitados para registrar as reclamações dos usuários, que sofrem com o serviço precário das unidades e são os mais afetados com o descaso.

“Todos os sindicatos, do comando unificado, se reuniram e decidiram pela paralisação. Houve reuniões desde janeiro com a prefeitura, apresentamos pautas, como reposição de nossas perdas, pagamentos de retroativos, com reajuste de 16%. Queríamos, da prefeitura, uma apresentação de cronograma, porém ela veio com 0%”, disse Alessandra Costa, presidente do Sindicato de Assistentes Sociais do Estado de Alagoas (SASEAL).

Ainda de acordo com a sindicalista, o Município alegou problemas de ordem financeira para propor um aumento salarial aos servidores. “Nós queríamos que o prefeito JHC se sensibilizasse. Ele veio com uma chamada pública para que entidades privadas sem fins lucrativos gerenciassem as unidades básicas de saúde, são R$ 72 milhões! Como não tem dinheiro? A Secretaria de Saúde não tem condições, então?”, afirmou Alessandra.

“O olhar para o sistema primário é diferente, esse dinheiro poderia ser usado para melhorar as condições de trabalho, como reforçar os insumos e equipamentos, e também dar o reajuste ao servidor”, continuou.

Alvo do protesto, o prefeito JHC ainda não se manifestou oficialmente sobre a greve geral.