O contexto para a criação dessa normativa foi exacerbado pelas recentes políticas comerciais do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, que anunciou um aumento significativo nas tarifas de importação para diversos países, incluindo o Brasil. O chamado “tarifaço”, implementado pelo governo americano, resultou em uma sobretaxa de 10% para produtos brasileiros no mercado norte-americano, o que motivou a resposta legislativa brasileira.
As medidas permitidas pela nova lei incluem a imposição de tarifas comerciais sobre importações de bens ou serviços provenientes de países que adotem essas práticas desiguais. Ademais, o Brasil poderá suspender concessões ou outros compromissos referentes a direitos de propriedade intelectual, baseando-se em tratados comerciais. Essas ações visam restabelecer um equilíbrio nas relações comerciais e garantir que o Brasil não seja penalizado indevidamente em um cenário global já considerado complexo.
A China, que também se viu afetada por essas tarifas, reagiu à pressão dos EUA ao anunciar um aumento nas tarifas retaliatórias sobre produtos americanos, subindo de 84% para 125%. Pequim classificou a guerra tarifária como um “jogo de números”, indicando sua intenção de desconsiderar as novas taxas americanas, o que ressoa a crescente tensão econômica entre as duas potências.
Essas recentes movimentações no cenário internacional refletem não apenas uma batalha comercial, mas também discussões mais profundas sobre soberania e equidade nas trocas econômicas entre nações. A resposta do Brasil, agora formalizada com a nova lei, sinaliza uma postura mais assertiva frente à injustiça tarifária, uma posição que poderá ter ramificações significativas para o futuro das relações comerciais não apenas com os Estados Unidos, mas também com outros países que adotam práticas similares.