O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a declarar nesta sexta-feira (8) que pode ser candidato à reeleição em 2026, embora espere não ser “necessário”, porque outros nomes estarão disponíveis para uma “renovação política”. Aos 79 anos, o petista afirmou que a juventude não é a solução para o “problema da governança”, mas, sim, a “competência” de quem está no poder.
“2026 eu vou deixar para pensar em 2026. Tem vários partidos que me apoiam, e eu vou discutir isso com muita sobriedade, com muita seriedade, porque governar não é jogar futebol. Governar não é praticar esporte, ou seja, não é o problema da juventude que vai resolver o problema da governança. O que vai resolver o problema da governança é a competência, o compromisso, a cabeça, a saúde e os compromissos do governante”, destacou, em entrevista a um canal norte-americano.
Caso Lula decida ser candidato em 2026, será sua sétima eleição presidencial — ele se elegeu deputado federal em 1986 e disputou os pleitos gerais de 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e 2022.
“Eu não disse que sou candidato à reeleição em 2026. Em 2026, eu tenho o compromisso de entregar este país com a economia equilibrada, com crescimento econômico, com geração de emprego, com mais gente alfabetizada”, afirmou Lula.
O presidente destacou hábitos de vida saudáveis e disse que espera viver até os 120 anos. “Eu me trato, eu me cuido, eu levanto todo dia às 5h30 da manhã para fazer duas horas de ginástica. Eu cuido do meu corpo e da minha saúde”, argumentou.
Como em ocasiões anteriores, Lula condicionou a participação nas próximas eleições à escassez de candidatos. “Então, se chegar na hora e os partidos [aliados] entenderem que não tem outro candidato para enfrentar uma pessoa de extrema-direita, negacionista, que não acredita na medicina nem na ciência, obviamente que eu estarei pronto para enfrentar”, acrescentou o petista, ao destacar, porém, a importância de outros nomes na disputa.