O CRB reelegeu Kennedy Calheiros como presidente do Conselho Deliberativo do clube, nessa terça-feira (18). Ao tomar posse, ele comentou alguns pontos relevantes que adotará, na continuidade do trabalho à frente dos conselheiros do Galo. Um desses assuntos é a tão falada SAF e uma renovação no estatuto regatiano.
Para Kennedy, não há necessidade de correria para a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), já que não há desespero para tal. O Galo se mantém na Série B de 2023 e ainda precisa fazer uma avaliação do valor da marca regatiana – ou seja, a diretoria ainda precisa fazer o cálculo de quanto vale o CRB, no mercado.
Relembrando casos como do Vasco da Gama e do Cruzeiro, Calheiros disse: “Precisamos tentar preparar o clube para SAF, mas dentro de padrões que não sejam os do Cruzeiro, que estão sendo questionados. Precisamos mandar fazer uma avaliação de quanto vale o nosso nome, a nossa marca para SAF, e não vamos ter pressa para isso, já que não estamos desesperados como foram o Vasco da Gama, o Cruzeiro e outros porque estavam na iminência de parar.”
O caminho, que parece ser o único para os clubes de menor expressão nacional (tornar-se SAF), ainda é novo e precisa ter um plano bem elaborado, para que toda a história e valores do clube não sejam deixados de lado. Kennedy entende a importância de conhecer melhor o caminho e fala sobre o clima tranquilo nos bastidores do Galo da Praia.
“Nós temos paz para executarmos e vamos fazer. Na verdade, tendo esse valor, já vamos divulgar, já pedi ao presidente Mário (Marroquim) para ver se agora em novembro fazemos um seminário aqui com alguns conselheiros que entendem, advocatícios, na área financeira, para entendermos o que é a SAF, porque a gente conhece muito pouco.”
Condições para a SAF regatiana
Para a mudança, algumas coisas foram solicitadas por Kennedy, como o controle total do elenco e decisões de jogo. Enfatizando a palavra “controle”, ele disse:
“As formas que eu coloquei serão as seguintes: o CRB vai continuar existindo dentro da SAF, onde 90% do patrimônio do clube continuará com o CRB e nós ficaríamos com 51% do circulante. Circulante é a área de jogos e jogadores, e o clube permanecerá no nosso controle, isso eu já pedi e não abro mão”
O condecorado presidente no dia em questão, continuou falando sobre a necessidade de existir um controle do CRB sobre os próprios passos. “O presidente do Conselho (Deliberativo) continuará sendo do CRB, e o presidente do executivo, caso haja a SAF, será desta empresa. Mas nós não vamos perder nunca o controle. Não existe ainda nenhum entendimento, as duas ou três pessoas que me procuraram eu já descartei. Antes de ter a avaliação, não será feita a SAF. Segundo, precisamos modernizar o estatuto para a SAF e, depois desses dois assuntos, as propostas serão tratadas com transparência”, encerrou.
