A Justiça condenou dois dos envolvidos no assassinato da estudante Roberta Dias, em 2012. Karlo Bruno Pereira foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado, enquanto Mary Jane Araújo Santos foi sentenciada a um ano e 10 meses de reclusão, a serem cumpridos em regime aberto.
Roberta era estudante do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e estava grávida de três meses quando foi assassinada, em abril de 2012. O pai da criança era Saullo de Thasso Araújo dos Santos, filho de Mary Jane. Com a ajuda de um amigo, eles planejavam interromper a gravidez, que não era aceita pela família.
Durante o julgamento, que durou três dias no Fórum de Penedo, o promotor de Justiça Sitael Jones Lemos apresentou as circunstâncias do crime aos jurados. A acusação sustentou que Roberta foi vítima de homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa —, além de aborto provocado por terceiro, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
“Roberta foi morta de forma cruel, asfixiada com um fio automotivo. É impossível imaginar o desespero que ela sentiu ao tentar respirar sem sucesso”, destacou o promotor, emocionando os presentes ao relembrar a dor da família. Segundo ele, os réus negaram à jovem e ao bebê o direito à vida.
O envolvimento de um adolescente no crime complicou ainda mais o caso. Como era menor de idade na época dos fatos, ele não foi julgado junto aos demais, sendo submetido a medidas socioeducativas.