O prefeito de Maceió, JHC (PSB), utilizou as redes sociais, na manhã desta quinta-feira (18), para criticar o modelo de concessão da Casal [Companhia de Saneamento de Alagoas], e anunciou que a prefeitura vai distribuir água em caminhões-pipa nos locais da capital com problemas de desabastecimento. Ele informou que o Procon Maceió vai multar a BRK e a Casal pelos dias em que faltou água.
JHC culpou o Governo de Alagoas pelos constantes relatos de falta de água para a população em diversos bairros. Segundo ele, está ‘sobrando incompetência’ da chefia do Executivo Estadual na gestão do saneamento e da distribuição de água, atualmente sob a outorga da empresa BRK Ambiental.
“Está faltando água pra população e sobrando incompetência do Governo de Alagoas. Criaram o problema ao entregar o saneamento pra BRK sem pensar na qualidade do serviço. Pior: aumentou a conta. É muito descaso. Mas a prefeitura não vai ficar parada assistindo. Vamos agir”, escreveu o prefeito, em suas contas no Twitter e no Instagram.
Segundo ele, a alternativa encontrada pelo Município para atenuar a problemática é contratar carros-pipa para levar água aos que mais precisam neste momento.
“A Prefeitura vai distribuir água em caminhões-pipa nos bairros onde falta. Não é o ideal, mas vai ajudar a população com as necessidades básicas, como lavar louça e matar a sede. O Procon vai multar a BRK e a Casal por cada dia que faltou água. Aqui, vamos defender Maceió sempre!”, completou.
JHC ainda disse que o gestor deve estar ao lado da população e prometeu que a corda não vai arrebentar no lado mais fraco. “O maceioense que tá sofrendo com esse problema, pode mandar o nome da rua e o bairro que nós vamos ajudar”, orientou.
NOTA DA BRK
O Sistema Aviação ainda não foi totalmente recuperado após o rompimento de uma adutora de 500 milímetros de diâmetro, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé. Operado pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), o sistema, que conduz a água tratada até o reservatório da BRK para a distribuição à população, não está entregando um volume suficiente para abastecer as redes de algumas regiões da parte alta de Maceió.
Mesmo com os reparos realizados após o rompimento da adutora, o sistema produtor voltou a operar com capacidade reduzida, o que impacta no abastecimento dos bairros que atende. Isso porque as fundações que sustentam a tubulação de grande porte não suportaram a pressão da água com a retomada da vazão e os engates dos tubos da adutora, as chamadas luvas, se desconectaram. Com essa nova ocorrência, que aconteceu quando o fornecimento de água já estava sendo restabelecido gradativamente nos bairros afetados, o sistema precisou ser paralisado outra vez para manutenção emergencial e, desde então, está impossibilitado de operar com capacidade máxima para evitar o rompimento total da adutora, que resultaria em um cenário ainda mais crítico.
Com informações Gazetaweb
