Na tarde desta quinta-feira (21), a Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) forneceu mais detalhes sobre a operação que investigou possíveis fraudes em concursos públicos no estado. Durante entrevista coletiva, os delegados responsáveis pela investigação das possíveis fraudes nos concursos das polícias do estado de Alagoas explicaram como funcionaram as ações fraudulentas.
De acordo com o delegado Cayo Rodrigues, foi apreendido na Paraíba, junto ao líder da organização criminosa responsável pelas fraudes, instrumentos como ponto eletrônico, utilizados pelo grupo para os atos ilícitos.
Os valores pagos pelos candidatos para a organização variam de acordo com o cargo, continua o delegado, mas em média um valor de entrada de cerca de R$ 10 mil reais, após a aprovação deveria ser efetuado um pagamento de R$ 40 mil.
Um grupo se dirigia até o local de provas e, durante os primeiros minutos de aplicação, a levava para um ambiente externo, entregava a prova atual e voltava com uma prova antiga, a qual fingiam responder.
Na coletiva também foi dito que a organização criminosa contava com a participação de professores, que corrigiam as questões e enviavam as respostas pelo ponto eletrônico.
Ainda segundo o delegado Cayo Rodrigues, a Cebraspe, banca organizadora do certame, colaborou com as investigações. Até o momento não há indícios de seu pessoal tenha vazado o gabarito da provas.
Os próximos passos da investigação, divulgados pelos delegados, são a análise dos dados arrecadados na Operação Loki, oitivas e novas diligências, além do cumprimento de mandados de prisão em aberto.
A PC/AL informou que há possibilidade de colaboração premiada e novas prisões. Outros concursos da segurança pública também devem ser investigados.
Com informações Assessoria PC-AL