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Esclerose Múltipla: Pesquisa revela que mais de 40% da população desconhece a doença

O dia 30 de agosto é dedicado a Conscientização da Esclerose Múltipla, doença neurológica que afeta mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo. O Agosto Laranja é dedicado a esclarecer as pessoas sobre esta doença crônica e autoimune que ataca o sistema nervoso central, deixando danos motores, problemas cognitivos e até alterações na visão.

Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha, de 2017, 46% dos brasileiros desconhecem a esclerose múltipla. A pesquisa também revelou que a população se confunde quantos aos sintomas da esclerose. Cerca de 55% dos entrevistados acreditam que os portadores de esclerose múltipla apresentam problemas de memória e 46% que o sintoma mais comum é dor de cabeça.

A médica neurologista Jozê Alana Tenório, da neurointensiva, UTI neurológica do Hospital Memorial Arthur Ramos, Maceió/AL, explica que a desinformação sobre a doença gera preconceito e dificulta o diagnóstico precoce, importante para que a doença não se agrave. “A pesquisa mostrou que a população se confunde quantos aos sintomas da esclerose, o que atrasa ainda mais o encaminhamento do paciente para o médico especialista responsável pelo diagnóstico e para o tratamento da enfermidade. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de personalização do tratamento, a fim de evitar consequência mais danosas ao sistema nervoso”, pontuou.

Sintomas

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, podendo aparecer e desaparecer em intervalos de tempo. Entre os mais comuns estão: perda da sensibilidade em alguma região do corpo, formigamentos, perda de força muscular, desequilíbrio, visão dupla ou embaçada, incontinência urinária, perda da memória.

A médica revela que a bainha de mielina dos neurônios (que funcionam como isolamento em torno do fio elétrico das fibras nervosas) é atacada e gera um processo inflamatório em diversas partes do corpo. De acordo com ela, o início do tratamento permite o controle do processo inflamatório e ajuda a evitar novos surtos, retardando ou impedindo a progressão da doença. “Paciente com tratamento especializado e precoce apresentam um controle mais efetivo, com expectativa de vida muito semelhante a do indivíduo sem a doença”, disse.

Texto de Luciana Martins

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