Em paralelo à investigação do esquema capitaneado pela Secretaria de estado da Saúde (Sesau) para beneficiar Ayres, o Cabo Bebeto (PTC) acabou apurando outras informações. A principal delas é quanto ao grupo de protegidos do Marajá do Governo Renan Filho.
Conforme levantou, quando o sub-secretário Sgt. Marcos Ramalho foi para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), levou oficiais bombeiros com ele e fez o mesmo depois de ser indicado para o Hospital Metropolitano. Há suspeitas de que tenham sido beneficiados no Processo Seletivo Simplificado (PSS). Um deles, seu suposto companheiro, o psicólogo Bresser ocupa, estrategicamente, o setor de Recursos Humanos (RH).
“Diante disso eu estou oficiando ao Corpo de Bombeiros Militar e o Ministério Público por meio da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, para que verifique alguns questionamentos. Porque é sempre muita coincidência. Alguns médicos e militares estavam na Samu, quando o Sgt Ramalho era de lá, e, depois ‘coincidentemente’, quando ele foi para o Metropolitano, esses bombeiros foram também. Mas deve ser ‘coincidência’. E o interessante é que no Metropolitano, foi divulgado amplamente um processo seletivo. Deve ter sido ‘coincidência’ também que eles passaram. Inclusive o Bresser, que, aparentemente, é companheiro de Ramalho, era psicólogo do Samu; quando ele foi levado para o Metropolitano, também foi levado. Os caras estão fazendo o que querem porque a casa é deles. Não podemos nem fiscalizar, porque é a terra das coincidências”, desabafou Bebeto.
Segundo o parlamentar o regimento que dita a carreira militar atesta que, em caso de afastamento para assumir algum cargo, pode ficar por até 2 anos. No primeiro dia após esse prazo há a obrigação da abertura de um procedimento de reforma ou reserva (aposentadoria). De acordo com os cálculos do deputado o Sgt. Ramalho está há 2 anos e seis meses ocupando função gratificada.
“E o CBM, que não sei se é terra do Sgt. Ramalho, do (governador) Renan Calheiros e do Alexandre Ayres, não fez nada. O CBM que salva vidas não pode ter o seu nome manchado porque está na terra de Nárnia, Pasárgada e a Terra dos Calheiros. Eles estão de passagem e o CBM vai ficar. Deve ser coincidência, mas sempre em benefício das mesmas pessoas”, acrescentou o deputado.
Com informações Gazetaweb