Davi Maia leva denúncias de fraudes e supersalários na Sesau ao MP, CGU e PF

O deputado Davi Maia (DEM) protocolou, nesta quarta-feira (25), nos Ministérios Públicos Estadual (MPE), Federal (MPF) e de Contas (MPC), além da Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), as denúncias que fez no plenário da Assembleia Legislativa contra a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Ele citou possíveis pagamentos de supersalários, acúmulo ilegal de cargos e recorrentes casos de fraudes em escalas de plantão em unidades sob a responsabilidade da pasta.

Além desta providência, o parlamentar também oficializou pedido formal para que as comissões de Fiscalização e Controle, de Saúde e Seguridade Social e de Direitos Humanos e Segurança Pública do Poder Legislativo iniciem uma apuração paralela. A documentação reunida por Maia também foi compartilhada com os parlamentares.

Paralelo a isto, o deputado trabalha no sentido de convencer os colegas a aceitarem a instalação de uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] com a finalidade de investigar os gastos do governo do Estado com a Saúde ao longo da pandemia. Por enquanto, Davi Maia contaria com cinco assinaturas a favor da proposta, mas precisa de, no mínimo, nove (o equivalente a um terço dos parlamentares).

Ele quer levar a Casa de Tavares Bastos a apurar as ações da gestão Renan Filho (MDB) da mesma forma que o Poder Legislativo do Rio Grande do Norte fez. O problema é que, em Alagoas, a oposição é minoria e enfrenta uma base governista bastante articulada e pronta para desmontar qualquer iniciativa que acabe com a blindagem da administração estadual.

No âmbito dos MPs, os pedidos são para que a investigação tente descobrir o que seria a ponta de um iceberg, comparado por Maia por acreditar que na Sesau há uma série de irregularidades que deveriam ser checadas.

Até agora, o alvo do bombardeio de Davi Maia não se pronunciou. Sargento Marcos Ramalho, como é conhecido, é acusado pelo parlamentar de receber supersalário de R$ 70 mil, além de acumular várias funções no Estado e de não cumprir plantões duplos ou até triplos ao mesmo tempo. O deputado diz que o gestor estaria sendo pago com verba federal.

Em nota, a Sesau negou qualquer ilegalidade e favorecimento nos salários pagos aos profissionais que atuam na linha de frente da Covid-19. Para o órgão, a remuneração está no padrão praticado no mercado para a época de pandemia. A secretaria informou, ainda, que revisará as folhas de pagamento de todos os funcionários.

Com informações Gazetaweb