A ala bolsonarista que construiu a candidatura de Rodrigo Cunha ao governo de Alagoas cobra uma declaração de apoio, neste segundo turno, ao presidente Jair Bolsonaro.
Até a questão de liberação de recursos para gastos na campanha está sendo utilizada como arma de pressão. Esta semana vimos, inclusive com gravação de vídeo, protesto de trabalhadores contratados para a campanha porque não haviam sido pagos.
Mas o senador tem resistido por questão política e , principalmente, pessoal. No primeiro caso, assesores e aliados avaliam que ter candidato a presidente agora pode parecer, entre outras questões, oportunismo.
No segundo – e mais importante -, apoiar Jair Bolsonaro, o único deputado federal que defendeu a não cassação do ex-deputado federal Talvanes Albuquerque, mandante do assassinato de sua mãe, a deputada federal Ceci Cunha, seria algo inominável.
O certo é que aliados e assessores de Rodrigo Cunha sabem que será muito difícil reverter a frente de quase 20% colocada por Paulo Dantas no primeiro turno.
As derrotas em Maceió, mesmo com o apoio do prefeito JHC, e em Arapiraca, berço político do senador, foram, digamos assim, ‘devastadoras’.
Já se discute, internamente, a estratégia de campanha para este segundo turno, mas visando os próximos quatro anos e as eleições de 2026, quando termina o seu mandato de senador e terá que decidir se disputa ou não a reeleição.