O acidente com um ônibus que matou 20 pessoas na Serra da Barriga, em União dos Palmares, completou quatro meses na segunda-feira (24). A investigação do caso foi concluída sem que culpados fossem apontados.
Por estar em uma área de mata, de difícil acesso, o veículo não foi retirado do local do acidente. De acordo com o Instituto de Criminalística de Alagoas, uma nova perícia só vai poder ser feita quando o ônibus for retirado da ribanceira.

A Polícia Civil aguarda que a perícia seja feita no ônibus para entender a dinâmica do acidente e saber de quem é a responsabilidade.
O ônibus escolar, cedido pela Prefeitura de União dos Palmares, carregava o motorista e 47 passageiros e apresentou uma falha mecânica na subida da Serra da Barriga. O grupo seguia para o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, onde acontecia o projeto Pôr do Sol na Serra.
O veículo despencou de uma ribanceira de 400 metros. As vítimas do acidente tinham idades entre 5 e 84 anos.
A viúva do motorista do ônibus que despencou da Serra da Barriga informou que o marido dela relatou problemas no dia do acidente. Luciano de Queiroz Araújo, de 47 anos, é uma das 20 vítimas que morreram.
Maria das Graças diz que o marido se queixou de problema no freio. “Ele disse que o ônibus estava com problema na borracha, que causava [defeito] no freio. Eu acho que foi o que aconteceu na Serra da Barriga porque quando ele falou isso, ele já sabia que aquele ônibus estava com algum problema”, contou.
Ela disse ainda que tentou convencer o marido a não ir trabalhar nesse dia, mas que ele justificou que precisava “ganhar o pão de cada dia da família”.