A coordenadora-geral do Movimento Projeto de Lei Mais Mulheres na Política, Ana Maria Campos, destacou a importância de um projeto de lei de iniciativa popular que propõe a destinação de 50% das vagas nos cargos legislativos para mulheres. Para que a proposta seja aceita na Câmara dos Deputados, o movimento precisa obter 1,5 milhão de assinaturas, o que confere ainda mais legitimidade à iniciativa.
Durante o evento, também foi ressaltada a necessidade de incluir mulheres negras nas vagas reservadas, garantindo assim uma representatividade mais ampla e diversa. Além disso, a deputada Tabata Amaral defendeu um projeto de lei que prevê quotas para as mulheres nos conselhos de administração das empresas estatais e de economia mista federais, visando promover a igualdade de gênero também no setor privado.
Outro ponto de destaque no seminário foi a discussão sobre a revogação da Lei de Alienação Parental, considerada por muitas ativistas como um instrumento de violência contra as mulheres. A presidenta da Associação das Mulheres Advogadas de Alagoas (AMaDA), Anne Caroline Fidelis, ressaltou a importância de acabar com essa legislação que tem sido utilizada para prejudicar mães em disputas pela guarda dos filhos.
O evento, intitulado “Elas querem equidade: a força dos coletivos”, foi promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara e pelo Grupo Mulheres do Brasil, reunindo diferentes vozes e iniciativas em prol da igualdade de gênero e da valorização das mulheres na esfera política. Diante de um cenário promissor, as organizadoras encerraram o seminário ressaltando a importância da mobilização contínua e do apoio de todos os setores da sociedade para que as propostas se tornem leis efetivas.