As pesquisas… ah, essas pesquisas…

Por Blog Wadson Regis

Não sei onde está a verdade e duvido que, um dia, saberemos. Confiar nos números das diversas pesquisas de intenção de voto, no Brasil, é como procurar agulha em palheiro. A agulha vai estar lá, assim como há pouquíssimos institutos com técnica e compromisso com a verdade.

O que sei – e o meio político nacional sabe – é que há diversos institutos contratados para servir, não como bússola do momento, mas como meio indutor para ludibriar o desconectado eleitorado.

Nesta semana dois exemplos que colocam em xeque a teoria da conspiração, através de pesquisas eleitorais. Em Murici, por exemplo, a pesquisa do instituto Real Time Big Data, encomendada pela RECORD, apontou empate técnico entre Remi Filho (MDB), com Caubi Freitas (Podemos). E posicionou, bem abaixo, Eduardo Oliveira (PP). Os institutos de Alagoas, pelas pesquisas que vi, colocam Caubi em terceiro, com Eduardo em segundo e a soma dos dois é menor que o percentual de Remi Filho. Ou seja: além de inverter drasticamente as posições do segundo e terceiro, aponta que a soma deles é menor que a intenção do primeiro.

A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número AL-04569/2024, tem um nível de confiança de 95% e foi realizada com 600 entrevistados, entre os dias 12 e 13 de agosto.

Com a mesma surpresa, os números da pesquisa da 100%Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, publicada na Revista Exame, pertencente ao Grupo BTG Pactual, confirma o favoritismo de JHC, em Maceió, com 69% das intenções de voto, e Lenilda Luna, da Unidade Popular, com 7,8%, Rafael Brito (MDB) com 6,1% e Lobão (Solidariedade), com 1,2%. Também difere de tudo o que é mostrado pelos institutos alagoanos.

A pesquisa realizou 600 entrevistas entre os dias 2 e 5 de agosto, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador) e está registrada no TSE como AL-00876/2024. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

Assim… “Eu fico com a pureza e a resposta das crianças, é a vida, é bonita e é bonita!” (Gonzaguinha)