Após denúncias de supersalários,Sesau diz que vai revisar pagamento de servidores

Pressionada por denúncias de supersalários e plantões fantasmas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou, nesta terça-feira (24), que vai revisar as folhas de pagamento das unidades hospitalares durante o período da pandemia de Covid-19.

Por meio de nota, a Sesau disse que tomou conhecimento das “supostas denúncias de acúmulo de plantões realizados por um funcionário do órgão”. A determinação da pasta é direcionada ao Departamento de Recursos Humanos, contudo um dos alvos das denúncias seria, justamente, o coordenador do Recursos Humanos do Hospital Metropolitano.

Os casos de supersalários na Sesau começaram a ser revelados na última quarta-feira (18), quando o deputado estadual Davi Maia (DEM) acusou o braço direito do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, o médico Marcos Ramalho, de receber, em média, R$ 72 mil por mês este ano. Ramalho exerce as funções de secretário-executivo da Sesau, diretor médico do Hospital Metropolitano, e aparece em escalas de plantão do mesmo hospital e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Já nesta terça-feira (24) novos casos surgiram. Primeiro, a exoneração do agora ex-secretário-adjunto da Secretaria de Saúde de Maceió, Aldo Calaça. O motivo seria porque a gestão do prefeito JHC (PSB) tomou conhecimento de que ele acumulava funções na prefeitura e na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) como médico.

Depois, na Assembleia Legislativa (ALE), Davi Maia revelou o nome de mais um “superservidor”. O parlamentar trouxe à tona o caso do psicólogo Bresser Kenison Lima Diniz, que seria coordenador de Recursos Humanos do Hospital Metropolitano, e, segundo ele, tem figurado em reiteradas escalas simultâneas (foram 72), também, no Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e no Hospital da Mulher. Bresser é ligado ao braço direito de Alexandre Ayres, o médico Marcos Ramalho.

À época, por meio de nota, a Sesau disse que todos os profissionais que atuam na linha de frente da Covid-19 estão recebendo salários dentro da média do mercado desde o início da pandemia.

Com informações Gazetaweb