Antônio Albuquerque diz que imunização ‘serve pouco ou quase nada’

“Serve pouco ou quase nada”, disse o deputado Antonio Albuquerque (PTB), se referindo a imunização contra Covid-19. A fala do parlamentar veio à tona durante debate em sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas, nesta terça-feira (5), sobre projetos de lei que tratam da obrigatoriedade de apresentar passaporte da vacina para entrar em estabelecimentos.

Albuquerque informou durante a sessão que estaria protocolando um projeto de lei ordinária que veda e exigência do comprovante. “O Parlamento é plural e, sendo assim, cabe esta divergência de ideologias políticas. Estou protocolando um projeto de lei por discordar frontalmente da matéria proposta, legitimamente, pelo deputado Ronaldo Medeiros, entendendo que este causará constrangimento, levando em consideração que o cidadão terá que atestar uma sanidade sanitária o tempo inteiro. Projetos assim estão em tramitação na Assembleia de São Paulo e do Rio de Janeiro”, disse.

Para Albuquerque, a intenção do parlamentar Ronaldo Medeiros tira o direito do cidadão à individualidade, garantida na Constituição Federal, e “impõe uma situação de constrangimento”. O deputado diz que, se aprovado, o projeto de Medeiros vai criar o Guia de Trânsito Animal (GTA) para o ser humano. Este é o documento oficial para transporte de animal no Brasil e contém informações essenciais sobre a rastreabilidade (origem, destino, finalidade, espécie, vacinações, dentre outros).

Ainda, o deputado afirmou que não é contra a vacinação, mas para reafirmar o pensamento de que ela não é eficaz, citou o exemplo de um amigo, que tomou as duas doses, contraiu o coronavírus e precisou ser hospitalizado.

Em defesa, Ronaldo Medeiros rebateu o colega ao afirmar que a vida animal não seria mais importante do que o ser humano. E desafiou Albuquerque a apresentar a instituição que admite que a vacina contra a Covid-19 não tem eficácia comprovada.

O deputado Cabo Bebeto (PTC) também se posicionou no tema e disse que a vacina não garante imunidade, e que “há pessoas que não tomaram a vacina e não contraíram o vírus, em detrimento de outras que tomaram as duas doses e perderam a vida para a doença”.