Uma ação popular movida por candidatos que fizeram a prova do concurso da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), para o cargo de soldado, pede a suspensão do certame após alegar indícios de fraude, como venda de gabarito, por exemplo. O advogado José da Silva Moura Neto pede o pagamento de R$ 3 milhões a título de danos morais.
O advogado afirma que a ação “impugna nesta demanda um ato omissivo do poder público lesivo, buscando a melhoria do quadro de segurança pública, principalmente para melhorar para evitar que criminosos façam parte dos quadros da PM-AL.”
Moura Neto diz na ação que “o prosseguimento do certame colocará a execução do serviço público de segurança em xeque, posto que o seguimento do certame colocará dentro do seio da polícia militar do Estado de Alagoas fraudadores de concurso público que, muito provavelmente, estão ligados ao crime organizado.”
As suspeitas de fraude no concurso começaram na última sexta-feira (10), quando um homem identificado como Willamys Dias Soares foi preso em Maceió por desacato. Soares teria dito aos policiais, que atenderam uma ocorrência de pertubação de sossego, que estava comemorando a aprovação no concurso da PMAL.
Ocorre que, na delegacia, Willamys Dias Soares informou, segundo consta em Boletim de Ocorrência, que possui grau de escolaridade até a 4ª série do ensino fundamental. Mesmo assim, segundo a ação, ele acertou as 100 questões que marcou na prova do concurso, que tinha 120 ao todo. Soares responde na Justiça alagoana a processos por resistência e posse de drogas.
Na ação popular, o advogado argumenta que “o simples risco de entrar na instituição candidato ligado ao crime organizado não pode ser suportado pela população alagoana”. Por isso, a ação pede que seja determinada a rescisão do contrato entre o Estado de Alagoas e o Cebraspe, caso a fraude seja comprovada. Alternativamente, Moura Neto pede que as provas sejam reaplicadas pelo Cebraspe.
Com informações Gazetaweb