Alagoas tem o melhor desempenho na OBMEP da história da educação pública

Os investimentos na educação pública da rede estadual de Alagoas já rendem bons frutos. O estado teve o melhor desempenho da sua história na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Na edição 2021, foram 108 medalhas – 6 ouros, 22 pratas e 80 bronzes – e 837 Menções Honrosas conquistadas por alunos de escolas municipais, estaduais, federais e particulares, a maior premiação já registrada pelo estado nas dezesseis edições da competição.

Além disso, o estado, pela primeira vez, conquistou 6 ouros na olimpíada, dentre os quais, o da primeira estudante do sexo feminino a ter a premiação máxima da OBMEP. Foram 19 medalhas a mais do que a edição 2019, quando Alagoas teve 89 medalhas – 78 bronzes, 7 pratas e 4 ouros –  e 609 Menções Honrosas. Pela rede estadual de ensino, foram 23 medalhas – 2 ouros, 2 pratas e 19 bronzes – e 266 Menções Honrosas conquistadas em 2021. 

As escolas estaduais, por sinal, mantiveram o bom desempenho de 2019, repetindo o mesmo número de ouros e, pela primeira vez, tendo um bimedalhista de ouro – João Vitor Silva dos Santos, da Escola Estadual Padre Cabral, de Maceió – e uma estudante do sexo feminino medalhista de ouro – Gabriela Souza, da Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios, também a primeira alagoana a conquistar a premiação máxima da competição.

Pioneiros

João Vitor e Gabriela falam com orgulho de seus feitos. “Fico muito feliz com esse resultado e continuarei focando para conquistar medalhas não só na OBMEP, mas também em outras competições nacionais e internacionais de matemática, a exemplo da OBM e das Olimpíadas do Cone Sul”, conta João, que, dentre outras premiações, soma bronze e ouro nas edições 2018 e 2019 da OBMEP, ouro na Olimpíada Alagoana de Matemática (OAM) 2019, ouro no Concurso Canguru de Matemática e Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) de 2021 e bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). 

Já Gabriela espera que seu feito incentive mais garotas a acreditarem em seu potencial.

“Desde que conheci a OBMEP, ganhar um ouro sempre foi a minha meta. Nestes últimos anos, a pandemia nos trouxe muitas dificuldades e ganhar ouro em meio a esse cenário é uma vitória enorme. Também fico feliz por ter sido a primeira garota medalhista de ouro e espero que minha conquista motive outras meninas a fazerem o mesmo, a lutarem por uma medalha”, frisa Gabriela, que é tetramedalhista da OBMEP (2 bronzes e um ouro com a Escola Estadual Almeida Cavalcanti e um bronze com a Escola Municipal Douglas Apratto). 

Resultado histórico 

Ricardo Lisboa, superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação e Adeilailson Peixoto, coordenador da OBMEP em Alagoas também comemoram o resultado e o atribuem à combinação talento e abnegação de alunos e professores a um processo de formação. 

“Mesmo em meio aos desafios da pandemia, jamais deixamos de trabalhar pelo aperfeiçoamento da Educação de Alagoas e, por isso, gostaria de parabenizar todas as escolas por este resultado. Elas desenvolvem um trabalho focado e contínuo nas olimpíadas e isso também consolida as ações empreendidas pela Seduc, Gerências Regionais, enfim, toda a rede estadual, pela Educação”, destaca Ricardo, adiantando, que, em 2022, o projeto deve ser fortalecido nas escolas. 

Adelailson ressalta o trabalho de formação junto aos professores de matemática em todo o estado. 

“Para isso, contamos com o apoio das Gerências Regionais de Educação, o que nos permitiu percorrer todo o estado com formações desde o período de inscrições até a realização das provas. Isso compensou as perdas da pandemia. Além disso, temos conseguido alcançar mais escolas no interior, inclusive nas áreas mais remotas, o que fez com que mais alunos melhorassem sua base em matemática graças às metodologias da OBMEP”, avalia. 

Com informações Assessoria