Terceiro dia do evento foi marcado pelo combate à fraude trabalhista da “pejotização”, impacto da Inteligência Artificial na empregabilidade da categoria e definições políticas na Plenária Final.BRASÍLIA, DF – O terceiro dia do 40º Congresso Nacional dos Jornalistas foi marcado pela defesa dos direitos trabalhistas da categoria.
Em um auditório lotado, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) liderou debates sobre o presente e o futuro da profissão.A manhã foi dedicada à dura realidade do mercado de trabalho. No painel “PJ, MEI ou CLT: quem te defende somos nós!”, a secretária de Mobilização da FENAJ e presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), Fernanda Gama, apresentou um raio-x de quem é e quanto ganha o jornalista brasileiro e as contradições da precarização das relações trabalhistas. A mesa também contou com a participação da advogada trabalhista Maria Luiza Pimentel, do escritório Lecir Luz & Wilson Sahade Advogados.O ponto alto foi o lançamento oficial da Campanha Salarial Nacional Unificada dos Jornalistas 2026.
A iniciativa visa unificar a luta dos sindicatos estaduais por reajustes dignos e pela manutenção de direitos. O debate denunciou a “pejotização” (contratação via PJ) não como empreendedorismo, mas como uma armadilha e fraude trabalhista que retira direitos básicos, como férias e previdência, mantendo a subordinação do trabalhador. A mensagem foi clara: jornalista é trabalhador e exige respeito à CLT.O desafio da Inteligência ArtificialA partir das 11h, o debate foi sobre tecnologia, com o painel “A IA vai roubar nossos empregos?”. A mesa discutiu a urgência de regular as novas ferramentas para proteger o jornalismo humano.
A mesa foi formada pela professora Deisy Feitosa, jornalista, docente e pesquisadora da da Escola de Comunicação e Artes ((ECA-USP), Jacks Andrade, professor da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Atahualpa Blanchet pesquisador (IEA/USP) e Luizianne Lins, jornalista, deputada federal (PT/CE).As discussões trouxeram a perspectiva acadêmica sobre os princípios éticos indispensáveis para o uso e regulação da IA nas redações e os caminhos para mitigar os impactos da automação no mercado de trabalho, defendendo que a tecnologia deve assistir, e não substituir o jornalista.Deliberações e Posse da DiretoriaNo período da tarde, a categoria se reuniu na Plenária Final (14h) – instância máxima de deliberação do Congresso – onde foram votadas as teses e moções que guiarão a atuação política da FENAJ no próximo período.
O evento encerra seu terceiro dia com a solenidade de posse da nova diretoria da FENAJ, marcada para às 19h, seguida de um coquetel de confraternização (20h), celebrando a unidade construída ao longo dos dias de debate em Brasília.Institucional – O 40º Congresso Nacional dos Jornalistas conta com o patrocínio da Caixa, Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Banco do Nordeste (BNB) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além do apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Associação dos Docentes da UnB (Adunb), Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf-CE), Sindicato dos Bancários do DF e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
SERVIÇO – RESUMO DO DIA 12/12
• Manhã◦ Painel sobre Direitos Trabalhistas e Lançamento da Campanha Salarial 2026 (Com Fernanda Gama e Luisa Pimentel).
◦ Painel sobre Inteligência Artificial e Regulação (Com Luizianne Lins, Jacks Andrade, Deisy Feitosa e Atahualpa Blanchet)
.• Tarde◦ Plenária Final e aprovação de teses.
• Noite◦ 19h: Solenidade de posse da nova gestão da FENAJ.◦ 20h: Coquetel de encerramento das atividades do dia.
