A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) apresentou, durante a Semana Fazendária, uma operação inédita entre os estados brasileiros, a conversão de parte da dívida contratada em dólar para o franco suíço. A iniciativa foi destacada na 85ª Reunião Ordinária do Grupo de Gestores das Finanças Estaduais (Gefin), fórum que reúne, trimestralmente, representantes das secretarias de Fazenda de todo o país.

A iniciativa, conduzida pela Gerência de Acompanhamento e Controle da Dívida da Sefaz e apresentada pelo assessor especial do Tesouro Estadual, Victor Farias, tem o objetivo de reduzir significativamente o custo financeiro do Estado. “Essa operação diminui os riscos de oscilações internacionais e garante maior equilíbrio fiscal no médio e longo prazo”, afirmou Victor.
A estratégia aproveita a estabilidade e as taxas de juros mais baixas do franco suíço, considerado um ativo de proteção contra oscilações do dólar. Com isso, Alagoas diminui a concentração em dólar e amplia a diversificação cambial, garantindo mais segurança fiscal.
Durante a apresentação, o assessor destacou que o objetivo foi demonstrar, de forma transparente, como a adoção de uma moeda mais estável e com taxas de juros historicamente menores pode resultar em uma economia significativa para o Estado. Segundo ele, análises técnicas como essa demonstram a qualidade das decisões estratégicas e colocam Alagoas em posição de destaque entre as unidades federativas que buscam modernizar a gestão de suas dívidas.
Farias também ressaltou a satisfação em participar do momento. “Foi uma grande satisfação poder compartilhar esse estudo com o Gefin, demonstrando que é possível unir inovação financeira, controle de risco e responsabilidade fiscal”, afirmou.
A operação segue o modelo de match funding, mecanismo que vincula empréstimos em moeda estrangeira a financiamentos equivalentes na mesma moeda, com limites operacionais definidos e acompanhamento técnico do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Os contratos já previam a possibilidade de conversão, permitindo à Sefaz negociar em condições vantajosas, sem alterar o prazo final nem a média ponderada dos empréstimos.






