Maceió, 15 de janeiro de 2025

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Caso Roberta Dias: Julgamento irá acontecer em Abril

Por Informa Alagoas

Após mais de 13 anos do desaparecimento e assassinato de Roberta Costa Dias, os réus Karlo Bruno Pereira Tavares e Mary Jane Araújo Santos, acusados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, aborto provocado por terceiros e ocultação de cadáver, serão julgados pelo Tribunal do Júri em Penedo.

Foto: Reprodução

O julgamento dos réus ocorrerá no plenário do Fórum Desembargador Alfredo Gaspar de Penedo, nos dias 23, 24 e 25 de abril, com sessões previstas para iniciar sempre às 9h. O júri será presidido pelo juiz Dr. Lucas Lopes Dória Ferreira, que assumiu há poucos meses a 4ª Vara Criminal da cidade.

De acordo com o cronograma divulgado pela Justiça, no dia 23 de abril serão ouvidas apenas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público. No dia seguinte, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelas defesas, bem como ocorrerão os debates em plenário, caso seja possível. Já no dia 25, caso não seja possível realizar os debates no dia 24, estes ocorrerão nesta data, juntamente com as etapas finais do Tribunal do Júri.

A expectativa é grande para este julgamento. Ainda não se sabe se a Justiça permitirá que a sessão seja transmitida.

O caso

Karlo Bruno e Mary Jane foram denunciados pelo Ministério Público como os autores material e intelectual do crime, respectivamente.

De acordo com a denúncia, no dia 11 de abril de 2012, por volta das 16h, a Praça Santa Luzia, em Penedo, foi o cenário onde toda a trama criminosa teve início. Roberta, que estava grávida, foi abordada pelo então adolescente Saullo de Thasso Araújo Santos, pai do filho que Roberta esperava.

A vítima foi capturada e levada para um local deserto, onde foi asfixiada com um fio de extensão de som automotivo. O corpo de Roberta foi posteriormente ocultado em uma cova, que, anos depois, foi localizada. A denúncia ainda aponta que a mentora e financiadora do crime foi Mary Jane Araújo Santos, mãe de Saullo de Thasso, que à época era menor de idade e foi representado perante o juízo da Infância e da Juventude.

A acusação descreve que Roberta foi atraída até Saullo sob o pretexto de uma conversa sobre a gravidez, que era repudiada pela mãe do adolescente. Ela foi convencida a se encontrar com ele e, durante o trajeto, foi colocada no carro de Saullo, onde também estavam Karlo Bruno, que estava escondido no porta-malas, e ferramentas, como uma enxada e uma pá, usadas para ocultar o corpo da vítima.

Vale lembrar que Karlo Bruno é réu confesso, já que foi gravado dando detalhes do crime e revelando, inclusive, o local onde havia enterrado o corpo da jovem grávida. À época da descoberta do áudio, o mesmo foi periciado pela Polícia Federal que atestou sua veracidade.