O ex-governador Renan Filho reafirmou sua posição de apoiar Lula na corrida presidencial das eleições de outubro e não descartou ser ministro, desde que haja o convite por parte do petista. Em entrevista à Folha de Alagoas, o pré-candidato ao Senado também comentou a respeito de seu governo, suplência, planos, Arthur Lira e Rodrigo Cunha.
“Eu reúno as condições necessárias para assumir um cargo federal de relevância pela experiência que eu possuo e trabalhos que fiz em Alagoas. Estarei à disposição do presidente da República se ele achar que eu possa contribuir”, comentou Renan, em caso de vitória de Lula.
Ele argumentou que respeita a possível candidatura de Simone Tebet, mas que o MDB em Alagoas vai realmente fazer palanque para o PT, pois não há viabilidade para a terceira via. “Só tem condições de enfrentar o atual presidente Jair Bolsonaro o ex-presidente Lula.”
“Não é por nada. Eu tenho uma boa relação com a Simone e o senador Renan também. Ela é uma mulher de virtudes. Mas é que no momento, o que está em questão é uma candidatura com força em defesa da democracia e da retomada do desenvolvimento econômico priorizando os mais pobres”, completou.
Lira e Cunha
Na conversa, Renan Filho foi perguntado sobre o imbróglio judicial que atrasou o pleito indireto ao governo-tampão. Segundo ele, foram medidas antidemocráticas, mas que o tiro pode ter saído pela culatra, já que esse tempo serviu para as pessoas conhecerem o porquê Paulo Dantas estava assumindo o cargo, ‘uma transição de 13 dias’.
“Arthur Lira era o principal interessado em postergar a chegada de Paulo ao governo, porque, no fundo, estava pensando nas eleições de outubro, enquanto estávamos pensando numa transição madura e sóbria”, opinou RF.
Também criticou duramente os projetos de lei aprovados na Câmara dos Deputados, bem como o orçamento secreto, dizendo que sua agenda difere muito de Lira. “A Câmara está mal conduzida, tanto do ponto de vista de organização econômica, como de fundamentação política. Desvirtua a política por meio de orçamento secreto, compra deputados e atua contra o trabalhador”.
O ex-governador ainda comentou que Rodrigo Cunha fala tanto em nova política, mas “parece que o Arthur controla as decisões dele”. “Acho que ficou muito ruim para o senador Rodrigo Cunha quando ele saiu do PSDB sem explicação e foi para o UB, que é um partido do Arthur Lira”, disse.






